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2 de novembro de 2008

Setembro

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Red vineyards, Vincent van Gogh

Vincent van Gogh, Autumn Landscape with Four Trees
Setembro agora o outono chega, nos seus plácidos meneios pelas vinhas, um dos vizinhos passa um cabaz de maçãs por sobre a vedação: redondas, verdes, o seu perfume vai dentro de quinze dias ser mais forte. a noite cai mais cedo e apetece guardar certos vermelhos da folhagem e amarelos e castanhos nas ladeiras de setembro. a rádio fala no tempo variável que vem aí dentro de dias. talvez caia uma chuvinha benfazeja, a pôr no ponto certo os bagos de uva. e há poalhas morosas, mais douradas. aproveita-se o outono no macio enchimento dos frutos para colhê-lo a tempo. devagar, devagar. é mais doce no outono a tua pele. Vasco Graça Moura
in "Poesia 2001/2005", Quetzal Editores, 2006
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48 comentários:

Maria disse...

Não sei do que gosto mais, se do poema se do Vincent...
Obrigada por este momento, Meg.

Beijo e boa semana

Carminda Pinho disse...

Sabes que nunca li nada de Vasco Graça Moura?
É uma pessoa com quem antipatizo, pela maneira como aborda certas situações políticas.
Mas...tenho que dar a mão à palmatória, Meg. Se este Setembro é uma amostra, tenho perdido boa poesia. Mas estamos sempre a tempo...

Beijos

Amaral disse...

Meg
Belíssimo poema de VGM. Por sinal também coloquei um post com um poema de VGM.
Boa semana
Abraço

Maria Clarinda disse...

Lindo conjunto...adoro os dois!!!Por isso....
Jinhos

f@ disse...

Também aqui neste palácio de sonho e palavras encantam e os frutos são doces…
Beijinhos das nuvens

Anónimo disse...

Bela escolha, esta de Van Gogh... Magníficas telas.
Kiss

Anónimo disse...

meg:
van gogh em momentos distintos,sempre van gogh.
e conheço o vasco graça moura.
um beijo.
romério

Menina do Rio disse...

Meg, os meus Setembros são inversos aos teus. A noite se alonga, o dia chega mais cedo, as flores enfeitam as calçadas e os jardins e deixam um delicioso aroma no ar. Precisas ver os flamboyants, que lindos!

Um beijinho pra ti querida

pin gente disse...

van gogh, outono, amarelos, ocres.... lindas palavras

gostei deste setembro já maduro.

um beijo, meg

Meg disse...

Maria,
Gostas dos dois, é a realidade, não estão em competição.
Beijos

Meg disse...

Carminda
Pois deves ler VGM e abstraires-te das coisas da política. Acredita que vale a pena.

Um abraço

Meg disse...

Caro Amaral
Curioso foi o que lhe deixei dito no seu post.
Um abraço

Meg disse...

Maria Clarinda,
Ainda bem que gostou... é isso que me deixa feliz.

Um abraço amigo

Meg disse...

F@,
Se assim o achas, fico sensibilizada pela tua opinião.

Um abraço

Meg disse...

Ludo,

Tenho um "fraquinho" por van Gogh e sempre que tenho uma oportunidade, aí o tendes.
Ainda bem que gostaste.

Um abraço

Meg disse...

Meu caro Romério,
Sabes da minha "queda" por van Gogh, por isso o encontrarás por aqui sempre que os poemas o justifiquem.
Claro que conheces VGM, um dos nossos maiores das letras.
Obrigada pela tua presença aqui.

Um beijo

Agulheta disse...

Meg.Não Sou muito dada ao poeta,se calhar pela forma como aborda a política"mas tenho a dizer que adorei a poesia,então as telas...lindas não é ao acaso que Van Gogh,pintava assim?
Beijinho e pelas palavras amigas no meu espaço.

Meg disse...

Menina do Rio,
Os nossos Setembros são assim como dizes, mas as folhas começas a ter aquelas cores de fogo que me lembram os trópicos. Saudades.

Um beijo

Meg disse...

Pin Gente,
Lindas palavras e lindas cores, as cores do Outono, precisamente uma das estações de que mais gosto.

Um abraço

Meg disse...

Lisa,
Tal como à Carminda, peço-te que esqueças a política e leis a poeta... vale bem mais a pena.
Já agora... sabes que a tela das vindimas foi a única que van gogh vendeu em vida? A única.

Um abraço

lupuscanissignatus disse...

bagos

de

fogo

zef disse...

Esforcei-me bastante...Já aprecio poesia de VGM.
Quanto à narrativa...não passei de "Por detrás da Magnólia"...
Boa noite!
Abraços

NAMIBIANO FERREIRA disse...

Belo este pedaco de outono que nos entra por este ecra... se fosse ha alguns anos atrás este poema nao seria totalmente absorvido com as suas poderosas imagens outonais. Só a partir de 77 connheci esta regularidade das estacoes do Norte e este poema faz-me lembrar o tempo de vindima e todo o sentimento triste mas belo que se liga a este periodo outonal. Como sempre uma postagem de optima qualidade,obrigado!
Bjinho

Filoxera disse...

Olá, Meg. Foi aqui que li o poema do Agualusa pela primeira vez, de forma arrebatada.
Compulsivamente, volto a ele uma e outra vez. Sem nunca ter estado em Angola, fisicamente. Tenho uma ligação emocional forte, no entanto, à Lunda, e não só. No meu EQ, podes ver, nas etiquetas "Minhas Histórias". Lá estão excertos de uma história em construção. Uma história que me liga ao passado.
Espero um dia poder ir lá...
Beijos.

São disse...

Bem repousante este teu post, bem agradável!
Bem hajas.

Agulheta disse...

meg. Eu sei que devemos esquecer e ler os poetas,mas sabes por vezes pendemos mais para alguns...porque será!Não sabia sobre a pintura,mas gostei de saber.Obrigada amiga pela partilha e pelo carinho.
beijinho

Meg disse...

Lupussignatus,
Serão bagos de fogo? Não tenho a certeza,

Um abraço

Meg disse...

Amigo Zef,
Obrigada pelo esforço, vejo que gostou.
Por detrás da Magnólia vale o esforço... um bom romance, um prémio, necessita de mais fôlego que a poesia. Mas o Zef dá conta do recado!

Um grande abraço

Meg disse...

Caro Namibiano,
Eu, ao contrário da maior parte das pessoas adoro o Outono, até porque me traz memórias de cores... e saudades.

Um abraço

Meg disse...

Filoxera,
Claro que vou ver o que me recomendas e quanto aos poetas, não leves a peito, eu também te entendo ... se eu também tenho as minhas preferências!!

Um abraço

Meg disse...

São, Se este post transmite paz, já me dou por feliz.

Um abraço

Meg disse...

Lisa, às vezes acontece-nos ser facciosos mesmo inconscientemente. Eu também sou vítima disse, mas não é grave e estamos sempre a tempo de corrigir e VGM é na verdade um grande poeta.
Política à pate, claro!

Um abraço

Mariazita disse...

Van Gogh dispensa palavras.
É Van Gogh, pronto!
Conheço mal a poesia de Vasco Graça Moura.
Gostei deste Setembro.
Beijinhos
Mariazita

Zé Povinho disse...

Fico-me pela beleza das telas de Vincent van Gogh, porque os frutos já foram colhidos e o frio começa a anunciar o Inverno.
Abraço do Zé

Bípede Implume disse...

O Outono por ser de uma beleza arrebatadora, embora triste, proporciona aos poetas algumas maravilhas. Como é o caso.
Van Gogh também ele foi tocado pelo Outono.
Li o teu comentário nos Diletantes.Pois é verdade é o meu album de fotografias. Quando tenho mais tempo. Obrigada pelo comentário.
Grande abraço amiga.

Meg disse...

Mqriazita,
Vale a pana conhecer Vasco Graça Moura. O poeta e não só.
Um abraço

Meg disse...

Amigo Zé.
Pois ficas con van Gogh e ficas bem. Sabias que a tela das vinhas foi a única que ele vendeu em vida?
Curioso ou nem tanto...

Um abraço

Meg disse...

Isabel,
O Outono é para mim realmente uma das estações do ano mais bela, talvez pelas cores impressionantes que nos proporciona.
Quanto ao Diletantes, fiquei fã.

Um abraço

Carla disse...

gostei muito desta poesia
beijos

Pata Negra disse...

não há vida nem morte. há só outono.
Estou a passar só para cheirar. Depois volto quando houver outra(o) graça.
Um cumprimento a atirar maças

C Valente disse...

saudações amigos

Meg disse...

Carla.

Que bom teres goatado!

Um abraço

Meg disse...

Caro Pata Negra,

Fiquemos então só com o Outono e os seus cheiros e cores,já agora!
Até que voltes, um abraço

Meg disse...

Caro Valente,
Obrigada pela visita,
Saudações amigas para si também
Um abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

Meg
Não há vida que o Outono não tenha tido em Primavera.
Nestas cores intensas e nostálgicas, as cores que Van Gogh imortaliza, fica um bocado de nós e dos sonhos que tivemos.

Abraço

Meg disse...

Silêncio Culpado,
Lídia
Ficamos com a certeza de que toda esta magia de cores de Outono não se repete... apenas se adia, até ao próximo Setembro.

Um abraço

Anónimo disse...

Melancolia bela...

Meg disse...

Padeirinha,
Melancolia de Outono, não será?

Um abraço