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11 de novembro de 2008

Tempo Fluvial

. . .
Tkachev Alexei , Sergey Alexei «Summer», 1991

Tempo Fluvial
Se eu definisse o tempo como um rio,
a comparação levar-me-ia a tirar-te
de dentro da sua água, e a inventar-te
uma casa. Poria uma escada encostada
à parede, e sentar-te-ias num dos seus
degraus, lendo o livro da vida. Dir-te-ia:
«Não te apresses: também a água deste
rio é vagarosa, como o tempo que os
teus dedos suspendem, antes de virar
cada página.» Passam as nuvens no céu;
nascem e morrem as flores do campo;
partem e regressam as aves; e tu lês


o livro, como se o tempo tivesse parado
. e o rio não corresse pelos teus olhos.
.
.
Nuno Júdice
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[Imagem retirada de "Em gestão corrente ...como o País..."] . . .
«««««o»»»»»
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46 comentários:

Amaral disse...

Meg
O tempo e sempre o tempo. A nós parece que não chega para nada e que passa tão depressa.
Bonito poema, bela escolha.
Boa semana
Abraço

Zé Povinho disse...

O prazer da leitura e o modo como o tempo voa quando nos prende a atenção.
Abraço do Zé

duarte disse...

eternamente vivendo,
nos degraus das escadas...
vagamente consciente,
que o rio sobe
numa enchurrada,
descanso a mente...
pois que suba o rio!
que eu tenho sempre,
a escada a casa
e o livro e os olhos
e o tempo que é meu
é teu é nosso.......
e de quem está para vir
duarte sem infinito.

não tenho blog,pois não tenho a sensibilidade de muitos,nem o engenho necessário para tal.
mas desde já um muito obrigado,por estes momentos de prazer que por aqui vai semeando,e obrigado por me sentir bem vindo.
de trás-os-montes um abraço

Meg disse...

Caro Amaral,
É o tempo, sempre o tempo... ou seremos nós que nos distraímos com ele?
Um abraço

Meg disse...

Amigo Zé,
E a leitura é uma das melhores maneiras de fazer o tempo voar. Pelas melhores razões.
Um grande abraço

Meg disse...

Caro Duarte,
Não posso negar o prazer que me dá a sua visita, principalmente depois deste seu comentário em verso...
pois que suba o rio!
que eu tenho sempre,
a escada a casa
e o livro e os olhos
e o tempo que é meu


Aprecio a sua filosofia de vida quanto ao tempo.
E a sua presença será sempre muito benvinda... desde Trás-os-Montes.

Um abraço

Mar Arável disse...

Um dia farei

da minha pedra preferida

um pássaro

vieira calado disse...

O tempo é terrível.
E irredutível.
Por isso as pessoas sempre pensam nele, e os poetas escrevem-lhe versos.

Cumprimentos

Moacy Cirne disse...

Riofluente, riopoema, poemanuvem, tudo flui, tudo se faz poesia. E o poema se completa na imagem. E a i magem se completa no poema. Perfeito! Um beijo e um queijo.

Meg disse...

Mar Arável

Nas asas de um sonho nada é impossível...

Um abraço

Meg disse...

Caro Vieira Calado,

O mais dramático é que normalmente só o pensamos no passado. E por isso dizemos qye voou.

Um abraço

Meg disse...

Caro Moacy,
Nem sei o que dizer... apenas que suas palavras me deixam muito honrada, aliás, como sempre.
Para você, um cheiro!
E um abraço

Mariazita disse...

Um duo maravilhoso: imagem e texto.
Confesso a minha ignorância - não conheço nenhum dos autores.
Mas fiquei encantada!
Parabéns, amiga, por mais estas escolhas.
Beijinhos
Mariazita

Agulheta disse...

Meg. Nada melhor que uma boa leitura,li pouco sobre este autor,mas gostei do que li e apintura é lindíssima.
Beijinho

Bípede Implume disse...

Mesmo agora , neste momento, o tempo e seu aguilhão. O passado,o presente , o futuro numa sucessão vertiginosa umas vezes, outras tão lentas que parece que parou, como a menina da tua imagem.
Lindo, demais.
Grande abraço.

Carminda Pinho disse...

Meg,

este poema é tão bonito, tão bonito...que se acrescentar algo, ia estragar.
A pintura é muito bonita, também.
Belas escolhas.

Beijos

Meg disse...

Mariazita,
Eu também não trago aqui os poetas de que toda a gente fala... é o meu critério, por isso não te preocupes. Se gostares é o mais importante.
Um abraço

Meg disse...

Lisa,
Ainda bem que gostaste, é o que me faz feliz.

Um abraço

Meg disse...

Bípede Implume,
Nós e a nossa incapacidade de lidar com o tempo... uns mais que outros, claro!

Um abraço

Meg disse...

Carminda,
Para estragar, não...ahahahaha!!!
Gostas da pintura? Eu adoro.

Um abraço e até logo!

bettips disse...

Tão sereno, o rio dos teus olhos!
Bjinho

Violeta disse...

linda a poesia e a pintura.
parabéns!

C Valente disse...

É sempre um prazer passar por aqui
Saudações amigas

José Lopes disse...

Os livros e a leitura são um bálsamo em ocasiões em que nos recolhemos e não queremos pensar. Os olhos devoram as letras e a imaginação faz-nos observadores do que o escritor nos vai revelando, e deixa mo-nos ir ao sabor da narrativa até ao final, e só então voltamos atrás, e começamos a pensar e a formular uma opinião muito pessoal.
Cumps

São disse...

Gostei imenso do poema, que desconhecia.
Feliz fim de semana.

Carla disse...

e um rio me senti na leitira deste magnífico poema
bela a escolha da imagem
beijos e bom fim de semana

MPS disse...

Cara Meg

Não conhecia este poema de Nuno Júdice, mas juraria que foi escrito a partir desta belíssima pintura. Seriam coincidências a mais.

Poema e pintura falam-nos do prazer da leitura, o único capaz de fazer parecer que o tempo não corre e nos não mata.

Um abraço

Meg disse...

Querida Bettips

Quem dera que assim fora...sempre.
Beijos

Meg disse...

Violeta,
Benvinda a este espaço.
Muito obrigada pelas suas palavras, e a ua presença será um prazer.
Um abraço

Meg disse...

Amigo Valente,
Sempre de incentivo as suas palavras. Obrigada.

Um abraço

Meg disse...

Caro Guardião,

A leitura é uma ausência da realidade que nos rodeia ... se a obra lida tiver o condão de nos prender tão "violentamente!...

Um grande abraço

Anónimo disse...

meg:
o tempo,sempre o tempo.um abraço nos amigos daqui.
um beijo.
romério

Meg disse...

São,
obrigada, um bom fim de semana para ti também.
Um abraço

Meg disse...

Carla,
Como te compreendo sobre a leitura!
Bom fim de semana
Um abraço

Meg disse...

Cara MPS,
Ignoro se foi a pintura que inspirou o poeta... mas que parece, é verdade.
Obrigada pelas suas palavras.
Um grande abraço

Meg disse...

Querido Romério,

Tempo de que tanto reclamamos e que por vezes desbaratamos... porquê? Eterna luta.

Obrigada pela tua saudação aos TEUS AMIGOS DAQUI.

Um beijo para ti

Luis Eme disse...

lindo quadro, lindas palavras...

Meg disse...

Caro Luis Eme,
Seja benvindo a este espaço despretencioso ... e obrigada pelas palavras.
Creia que gostarei de o rever por cá.

Cumps

Anónimo disse...

Bonito.

Moacy Cirne disse...

Minha cara: O Balaio de hoje contém algumas dicas da música popular brasileira que talvez sejam do seu interesse. Um cheiro.

Savonarola disse...

Querida Meg,

Venho visitar-te e encontro sempre beleza e bom gosto.

Um abraço anarquista

Meg disse...

Padeirinha,
É esse o meu objectivo... que gostem.
Um abraço

Meg disse...

Caro Moacy,
Lá estarei meu amigo... e de certeza que vou gostar, você já sabe até os meus "gostares".
Um abraço e um cheiro

Meg disse...

Querido Jorge,
Fico sempre muito feliz por te ver aqui, embora saiba que esta não é a tua "luta". As tuas palavras são um incentivo, meu caro.
Um abraço pró-AN

De Amor e de Terra disse...

Olá Meg, bom dia!
Não conhecia este poema de Nuno Júdice, mas é fabuloso!!!
Conhecia outros desta "fase", que é a que mais gosto.
Obrigada pela partilha; beijos

Maria Mamede

Meg disse...

Maria Mamede,
Eu também sou uma incondicional de Nuno Júdice. E este poema tem algo de especial.

Um abraço