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“Minha maior alegria
minha glória humilde e nua
é ver a minha poesia
fazer ciranda na rua”
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J.G.de Araújo Jorge
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Hino
Quisera que meus braços fossem extensos e infinitos
como os horizontes
para abraçar todas as terras...
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Meu coração universal conhece todos os idiomas
e os meus olhos trouxeram a cor dos mares
que contornam todos os países...
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Meus pés não distinguem no atrito das terras
as diferenças de raças
e as minhas mãos não distinguem
no aperto de outras mãos
as diferenças de cores...
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Meus pés só distinguem os caminhos ásperos
dos caminhos suaves
e as minhas mãos só distinguem
as mãos rudes que trabalham
das mãos macias que vegetam...
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Quisera abrir os braços
e envolver todas as terras e todas as pátrias
e ensinar a todos os homens
que a luz vem de um único sol
e que o amor deve unir todas as mãos ásperas
para que todos os caminhos sejam suaves...
.J.G. de Araújo Jorge
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José Guilherme de Araújo Jorge nasceu na Vila de Tarauacá, no Estado do Acre, aos 20 de maio de 1914. Faleceu no dia 27 de janeiro de 1987..
Ainda jovem iniciou-se na poesia. . Além de escritor, locutor e redator de programas radiofônicos, professor de História e Literatura, líder estudantil, tinha política em suas veias. Durante a ditadura estadonovista, a sua poesia levantava-se como um protesto. Foi, por isso, muitas vezes preso.
Além da poesia social, os versos líricos tornam-no um dos poetas mais lidos do Brasil atual.
Como jornalista, escreveu nos jornais "Correio da Manhã", "A Nação", "A Manhã", e "Tribuna da Imprensa", além das revistas "Carioca", "Vamos Ler", "Letras Brasileiras" e outros.
Com Eterno Motivo (1943), obteve o prêmio Raul de Leoni, da Academia Brasileira de Letras. Canto da Terra e Estrela da Terra, impregnados de amplo sentido humano e social, são livros que lembram Garcia Lorca e Castro Alves.
Escreveu também: Meu Céu Interior, Amo, Cântico, Harbas Submersas e outros.
Publicou mais de quinze livros de poesia.
Ficou conhecido como "O poeta do povo e da mocidade".
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