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Porque gostaria de ter sido capaz de o escrever
HOJE...
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deixo-vos mais um admirável grito de revolta de uma Mulher que muito admiro,
pela coragem das palavras...
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Fátima Pinto Ferreira
. . Aos filhos da puta
A todos os que se vendem e abandalham a todos os que crêem que são os únicos os melhores e a elite entre os demais e se pavoneiam na sua imbecilidade estonteante intelectuais de pacotilha e militantes da mediocridade a todos que se aplaudem em salamaleques de familiaridades e consanguinidades de palavras para aplauso umbilical aos curtos de vista viscerais defensores da pequenez provinciana travestida de francesismos e transatlânticas vitualhas literárias a peso ou a metro milimetricamente deglutidas entre croquetes e champanhes de imitação pechisbeques de cabeças vazias embevecidas na vã cegueira dos que se acreditam os únicos olhos como se em terra de cegos vivessem ergo a minha taça e desejo que a terra lhes seja pesada aos ossos fragilizados de tanto curvar a cerviz em cansaços vividos na inverdade da sua académica peralvilhice bebo aos filhos de puta aos inúteis aos sem afectos aos sem memória aos medíocres à matilha e à corja bebo a todos os filhos de puta mas bebo de pé aos filhos de puta maiores a todos eles e aos que me enojam Fátima Pinto Ferreira publicado no seu blog... Forja de Palavras . . .
42 comentários:
ADOREI, entao o final está glorioso:
"bebo aos filhos de puta
aos inúteis
aos sem afectos
aos sem memória
aos medíocres
à matilha e à corja
bebo a todos os filhos de puta
mas bebo de pé aos filhos de puta maiores
a todos eles e aos que me enojam"
Fátima Pinto Ferreira
Excelente! Não conhecia esta autora.
Obrigada, Meg.
Beijo
E eu vou também erguer a minha taça repleta de vómitos.
Obrigado Fátima.
Meg
Vim agradecer por me apresentar esta poeta e seu blog - maravilhosos.
beijos.
Grande poema! Hurra! Aos filhos da puta (a mãe sem culpa)
Nami,
E são tantos, aqueles a quem bebemos, meu amigo!
E esta força, esta raiva tão bem expressa pela FPF.!
Kandandu
Maria,
Também achei fabuloso, este poema da Fátima Pinto Ferreira.
É um belo retrato.
Um beijo
Cid,meu caro,
Obrigada pelo privilégio da tua visita.
Acompanho-te na taça...
Um abraço
Nydia,
Mesmo atrevendo-me a que a Fátima Pinto Ferreira se zangue comigo, trouxe-a aqui mais uma vez...
Quem sabe não contribuo um pouquinho para o seu regresso à blogosfera!
Beijinho
Zé,
Que bom ver-te por cá!
É verdade, este é um poema que vem das entranhas da alma.
Hurra!
A "eles"!
Beijo
Meg! Não conhecia a escritora sem papas nas língua que nos brindas por aqui,a todos os que se pavoneiam e metem nojo,eu brindo pois. Quanto as mães desses todos,temos de perdoar,por terem rebentos tão sujos e maus.
Beijinho de amizade.
Lisa
Acabou o tempo do blá-blá-blá. Temos que ir ao fundo do léxico e não ter medo de ser mordido pelas palavras. E, claro, passar à acção.
Muito, muito bom! Também gostava de saber escrever e expressar-me assim! Boa escolha!
Meg
Parabéns por esta escolha. À autora os parabéns pela coragem pela força das palavras e pelo belíssimo poema.
Abraço
Lisa,
Pobres mães, que tais filhos pariram!
Da autora, só posso dizer que me encontro nas suas palavras. Basta visitar o blog... e ler.
Um beijo
Meu caro Cid,
Tocaste no ponto...mordemos vezes demais as palavras, é preciso agir, era preciso ter agido...
Ainda iremos a tempo?
Estou muito feliz por merecer as tuas palavras.
Um abraço
BOM! Que a gente se possa indignar - também para isso é preciso lavar os olhos nas colinas ou nas pedras.
Feliz porque as terras do Norte te teriam aconchegado, Meggy!
Bjinho
Vanda,
É muito bom e muito oportuno, chama os bois pelos nomes e com muita coragem.
Vale a pena ler a Fátima Pinto Ferreira, minha amiga.
Um abraço
Amaral,
Não é a primeira vez que aqui trago a Fátima Pinto Ferreira.
Sempre frontal, sempre desabrida, como eu gosto. Uma Mulher de fibra que usa as palavras como punhais.
Eu gosto muito da sua poesia.
Um abraço
Bettips,
Pode-se dizer que é o efeito das pedras, dos rios e das serras, no comportamento das margaridas.
Ah... a companhia amiga também.
E a Fátima Pinto Ferreira é, mais uma vez, a minha voz, a voz de muitos de nós.
Beijinhos... muitos.
Muito bom, sem dúvida!
Um abraço grande.
Eu também ergo a minha taça e, tal como tu, gostaria de ter sido eu a escrever este grandioso poema.
É, de facto, muito bom. Tem a força dum Almada Negreiros, tal como o seu desassombro.
Adorei!
Amiga, eu tinha estranhado o teu silêncio. Cheguei a recear que estivesses doente. Ainda bem que a "doença" foi outra...
Feliz regresso!
Um beijo muito grande e o meu carinho
Mariazita
É de temer que a beber por tanto canalha possa vir a sofrer consequências físicas bem graves.
Tenho pena de viver num país em que as elites (eles assim se apelidam) estejam envolvidas em esquemas manhososos, negócios fraudulentos e companhias pouco recomendáveis.
A diferença entre inteligência e esperteza, para estes parolos, é algo que elesnão parecem ter consciência.
Cumps
Excelente o post. Mas temos que acreditar ainda no ser humano.
Beijo
Pois
a canalha anda à solta
Bjs
Também ergo a minha taça a toda essa escumalha fazendo votos por que a terra lhes seja pesada.
Ganda mulher!
Mariazita,
Não, desta vez fui "arejar" mesmo, que bem precisava.
Mas avisei, ahahahah!!!
Quanto ao poema, ainda bem que estamos de acordo... a Fátima Pinto Ferreira é de uma coragem admirável.
Beijinho para ti
Se não me engano, já não é a 1ª vez que aqui nos deixas bons textos desta autora.
(quanto ao meu post, respondi ao teu comentário lá, no EQ. Não se trata duma história protagonizada por mim; nada tenho de música...)
Beijinhos.
Caro Guardião,
Não tinha pensado nisso... mas que grande piela nos espera!
Mas será, sem dúvida, por uma boa razão!
Um abraço
Ana,
O pior é que essa esperança está a morrer a cada dia que passa, minha amiga.
Mas façamos por isso.
Um beijo
Mar Arável,
Andam à solta e sem açaimo, meu caro!
Um abraço
Eu roubador me confesso:
http://voarforadaasa.blogspot.com/2009/11/um-tiro-no-alvo.html
Peter,
Está difícil, meu caro.
Estou neste momento a assistir a mais um capítulo desta tragédia... sim porque se trata de uma verdadeira tragédia.
Esperemos para ver.
Um abraço
São,
O descrédito e a imoralidade estão à solta, minha amiga.
Beijinho para ti
Filoxera,
Tens boa memória... não é a primeira vez que aqui encontras a Fátima Pinto Ferreira.
Quanto ao teu post, pelos vistos confundi o sujeito poético. Mérito teu, minha amiga.
Beijinho
Cid,
Tens toda a razão...nem há nada a perdoar.
Força a agitar o charco!
Um abraço
Atualíssimo, quem disse que é só de amor que se faz poemas? Parabéns a autora e a você por nos dar a chance de ler e conhecer.
Um abraço
hHp! Hip! Urraaaahhh!
Sonia,
Nem só de amor se fazem poemas, é verdade.
Este é um outro amor, o amor à verdade, á justiça e à igualdade, minha amiga.
Um beijinho
Caro Méon,
Muito obrigada pela visita e pelo...entusiasmo!
Um abraço
Meg!
Já está a faltar taças, deste lado do oceano, para tantos brindes!
Beijos!
Paulo,
É, parece que não haverá taças suficientes.
E cá. como no Brasil, a coisa está cada dia mais preta.
Um abraço
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