Nós somos Como uma pequena lâmpada subsiste e marcha no vento, nestes dias, na vereda das noites, sob as pálpebras do tempo. Caminhamos, um país sussurra, dificilmente nas calçadas, nos quartos, um país puro existe, homens escuros, uma sede que arfa, uma cor que desponta no muro, uma terra existe nesta terra, nós somos, existimos Como uma pequena gota às vezes no vazio, como alguém só no mar, caminhando esquecidos, na miséria dos dias, nos degraus desconjuntados, subsiste uma palavra, uma sílaba de vento, uma pálida lâmpada ao fundo do corredor, uma frescura de nada, nos cabelos nos olhos, uma voz num portal e a manhã é de sol, nós somos, existimos. Uma pequena ponte, uma lâmpada, um punho, uma carta que segue, um bom dia que chega, hoje, amanhã, ainda, a vida continua, no silêncio, nas ruas, nos quartos, dia a dia, nas mãos que se dão, nos punhos torturados, nas frontes que persistem, nós somos, existimos. António Ramos Rosa
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46 comentários:
Somos e existimos, cada um diferente do outro, o que não nos torna nem melhores nem piores, por isso.
Cumps
Boa memória
bjs
Sim existimos, hoje ainda, mas em pequenos nadas, que ainda são muito, mas infelizmente por agora...num País sussurrado, que se espera que...grite!
Belo texto, uma boa escolha! Grata, Meg!
Um beijo
Adorei o seu Blog!
Sou a sua mais nova seguidora.
Te aguardo no meu, espero que goste.
Um grande abraço.
Nós somos, sim, e existimos, é certo, às vezes esquecidos, outras desconjuntados... mas somos, existimos!
Um poema muito bonito, com um certo desencanto à mistura com uma esperança que não morre.
Muito boa escolha, amiga.
António Ramos Rosa "sabe" fazer poesia.
Um beijinho
Mariazita
o poeta
solar
existe
"a vida continua,
no silêncio, nas ruas, nos quartos, dia a dia,
nas mãos que se dão, nos punhos torturados,
nas frontes que persistem,
nós somos,
existimos."
Um poema de um dos meus poetas preferidos, o primeiro que comecei a ler.
Minha querida, me desculpa, mas não aprecio Ramos Rosa.
m grande abraço.
Pois claro: Ramos Rosa!
E estou curioso...
Beijinhos
Olá Amiga,
" (...)a vida continua,
no silêncio, nas ruas, nos quartos, dia a dia,
nas mãos que se dão, nos punhos torturados,
nas frontes que persistem,(...).
A vida continuam dentro e fora de cada um de nós, todos diferentes, o que faz deste pequeno mundo uma casa sem igual. Ou talvez não...
Um beijo amigo,
Maria Faia
Meg
Poemas como este são essenciais. Vou dormir mais feliz...
beijos
Se somos, existimos certamente.
Só que às vezes, esquecemo-nos disso mesmo...
Beijos, Meg.
Guardião,
E assim, com todas as nossas diferenças, sobrevivemos.
Um abraço
Mar Arável,
A memória possível, meu caro.
Um abraço
Utopia das palavras,
E isso acontecerá em breve... ou não, Ausenda.
Um beijo
Chá das Cinco,
Seja benvinda a este espaço.
Obrigada pela visita que terei muito gosto em retribui, assim que me for possível.
Entretanto,
Um abraço
Peter,
Eu sei que és um admirador da poesia de Ramos Rosa.
Um abraço
Mariazita,
Com um certo desencanto... também o sinto assim, Mariazita.
Mas com muita esperança também.
Um abraço
Lupussignatus,
Existe mesmo, meu caro.
Um abraço
São,
Mais um motivo para te agradecer a visita.
Se não aprecias Ramos Rosa, estás no teu pleno direito, isso só confirma que não somos todos iguais, o que, como diz o nosso amigo Guardião, não nos torna melhores nem piores.
E, acima de tudo, agradeço-te a sinceridade.
Um beijinho para ti
Vieira Calado,
Obrigada pela visita... e olha que a curiosidade matou o gato, ahahah!!!
Um abraço
Maria Faia,
A vida continua, minha amiga, apesar das armadilhas.
E, felizmente, não somos todos iguais...
Um abraço grande
Nydia,
Um grande poeta que decerto conhecerás.
Ainda bem que gostaste.
Um beijo
Carminda,
O problema é que existimos, mas nem sempre SOMOS aquilo que devemos.
Uns são, outros não são nem deixam ser... se me entendes. E não se tratam.
Claro que isto não tem nada a ver com o poema... é uma espécie de código.
Beijos, amiga.
Meg,
Há uma petição importante para assinatura no Querubim.
Ajudemos a Birmânia!
Beijo amigo,
Maria Faia
Meg
Sei que existimos, mas não sei se somos.
Bonito poema.
Abraço
Meg,
o que vale é que mesmo em código, te percebo. Eheheh...
Beijos
Maria,
Está o dever cumprido, minha amiga.
Um beijo e bom fim de semana.
Amigo Amaral,
Existimos, sim senhor, mas sei de muitos que são e de outros que nem por isso...
Bom fim de semana
Um abraço
Carminda,
Eu sabia que me entendias, ahahah!!!
Beijo
O Toino teve a hombridade de ligar os Ramos com a Rosa. Um poeta nosso, dos mais nossos que tivemos nos últimos anos e, no entanto, parece que ainda não chegou o seu tempo.
Hoje tenho um pedaço de leitão para a Meg
Querida Meg:
Adoro António Ramos Rosa...
E nós somos todos diferentes e assim feitos de pequenos nadas que nos diferenciam...
Beijos
Um poema à vida ela própria, nos diversos cambiantes.
Um belo poema.
Ainda sobre os Maios, também tive um Maio e um Junho :-)
Beijinhos e bom fim de semana.
Meg!
Que belos e realistas versos. Tocante poema!
Beijos
Carinho é plumagem bonita, macia, gostosa de sentir.
Quem dá afeto se fortifica; quem o recebe se acalma,
se tranqüiliza, se equilibra.
Um ótimo final de semana, com muito carinho.
Abraço
Minha querida Meg, bom dia.
Que bom que lembras Ramos Rosa; acho que anda um pouco esquecido e é Belíssimo, sempre.
Beijo da
Maria Mamede
Caro Pata Negra,
A tua imaginação provoca-me sempre um sorriso bem disposto. Obrigada por isso.
Há leitão para mim?
Havia... que já lá fui.
Obrigada pelo carinho, meu Amigo.
Espero continuar a contar com a tua presença...e a tua amizade.
Um abraço
Papoila,
E ainda bem que somos diferentes, minha amiga.
Um beijo
Isabel,
E essa vida temos de vivê-la da melhor forma possível.
Maio e Junho... estamos quse empatadas, ahahah!!
Bom fim de semana
Um beijo
Paulo,
Foi bom ver-te por cá, de novo.
E se gostaste do poema, tanto melhor... Ramos Rosa é um dos nossos grandes poetas.
Um abraço
Sonia,
Quem dá afeto se fortifica; quem o recebe se acalma,
se tranqüiliza, se equilibra.Essa é uma grande verdade, minha amiga. E reconfortante nos dias que vivemos.
Um bom fim de semana.
Beijo
Querida Maria,
Tens razão, não é dos poetas mais divulgados, mas nós fazemos com que seja lembrado.
Bom fim de semana num beijo
E, de novo, vim reler este poema extraordinário de António Rosa.
Desejo-te um bom fim de semana, apesar desta chuva que teima em não deixar brilhar uma primavera de sol.
Bjo amigo,
Maria Faia
Há uma canção de esperança neste belo poemas. É preciso SER!
Maria Faia,
Obrigada por mais esta visita, Ramos Rosa bem merece.
Um bom fim de semana para ti também.
Um beijo
Luisa,
Há uma grande esperança, também a sinto nas entrelinhas do poema.
Bom fim de semana.
Um beijo
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