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. No mundo há muitas armadilhas e o que é armadilha pode ser refúgio e o que é refúgio pode ser armadilha Tua janela por exemplo aberta para o céu e uma estrela a te dizer que o homem é nada ou a manhã espumando na praia a bater antes de Cabral, antes de Tróia (há quatro séculos Tomás Bequimão tomou a cidade, criou uma milícia popular e depois foi traído, preso, enforcado) No mundo há muitas armadilhas e muitas bocas a te dizer que a vida é pouca que a vida é louca E por que não a Bomba? te perguntam. Por que não a Bomba para acabar com tudo, já que a vida é louca? Contudo, olhas o teu filho, o bichinho que não sabe que afoito se entranha à vida e quer a vida e busca o sol, a bola, fascinado vê o avião e indaga e indaga A vida é pouca a vida é louca mas não há senão ela. E não te mataste, essa é a verdade. Estás preso à vida como numa jaula. Estamos todos presos nesta jaula que Gagárin foi o primeiro a ver de fora e nos dizer: é azul. E já o sabíamos, tanto que não te mataste e não vais te matar e agüentarás até o fim. O certo é que nesta jaula há os que têm e os que não têm há os que têm tanto que sozinhos poderiam alimentar a cidade e os que não têm nem para o almoço de hoje A estrela mente o mar sofisma. De fato, o homem está preso à vida e precisa viver o homem tem fome e precisa comer o homem tem filhos e precisa criá-los Há muitas armadilhas no mundo e é preciso quebrá-las Ferreira Gullar . . .
46 comentários:
Querida Amiga,,
Passa pelo Querubim. Tens lá algo à tua espera.
Falas de armadilhas! E que armadilhas...
Um beijo amigo, com votos de Bom Fim de Semana,
Maria Faia
O mundo é uma grande armadilha, onde sobreviver parece ser a única tarefa possível. Quero mais! Muitos de nós queremos mais, para nós e para os nossos filhos, por isso ainda há quem reme contra a maré, quem resista.
Bom domingo
Abraço do Zé
A vida é pouca pra se viver tanta loucura!!!
Fica bem Meg
tem um ótimo final de semana
Beijo
Meg
Muito bonito este poema.
Bom fim-de-semana
Abraço
Boa noite Meg.
Diz mais coisas sobre Ferreira Gular. Gosto.
Um abraço. Noite descansada.
Oi Meg, visitei seu blog pela primeira vez. Parabéns pela escolha dos poemas. Voltarei mais vezes.
Um abraço
Olá!
A vida tem muitas armadilhas,a nossa vivência pode por vezes ajudar a evitar cair em algumas :=)
Digo eu, sei lá!!!
Beijocas
Olá, Meg
Não conhecia Ferreira Gullar. Gostei bastante do poema. Diz verdades a que não há como fugir...
Relativamente ao comentátrio que deixaste na minha "Casa", então agora deu-te para seres workaholic!
O!, minha amiga, se assim te sentes feliz...continua.
Só posso lamentar na medida em que "esse vício" nos priva da tua companhia...
Deixa-me só dar-te um pequeno conselho - não abuses!
Afinal nós, que pertencemos à "geração dourada", temos que nos poupar, para conseguir neve nos cabelos...daqui por muiiiiiiiitos anos!
Fica bem, e...poupa-te!
Beijinhos
Mariazita
Meg. Não conhecia a poesia deste autor!A vida é muito pouca,neste mundo de incertezas,há que viver,mais e mais.
Beijinho doce amiga
Quero um mundo livre!
Livre da egnomínia e da escravidão,
da mentira e da desilusão.
Quero um mundo solidário!
Com partilha como caminho,
Com amor e com perdão!
Não quero este mundo desumano,
com ódio e inveja a cada canto.
Não quero dizer a meu Filho
que a Humanidade foi pelo cano!
Um beijo para ti Amiga,
Maria Faia
Querida Meg:
Adorei o poema que tanto tem a ver o que agora canta lá no campo...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...
Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara
A vida não pára não...
A vida não pára!...
A vida é tão rara!...
Beijo
Há na vida de tudo um pouco, armadilhas e boas surpresas, nossa vida como chama de uma vela, existe enquanto Deus assim permitir, quão frágeis somos neste mundo!
beijo e boa semana
Meg
Quantas armadilhas, amiga, quantas armadilhas. Foi bom recordar José Gomes Ferreira.
Abraço
Diz o ditado " Uns com tanto...outros sem nada"
é a verdade, neste mundo completamente armadilhado!
Excelente Texto, Meg!
Maria Faia,
Falando de armadilhas, também há quem caia nas que arma, ahahahah!!!!
Pois só hoje arranjei tempo para estas lides...vês como estou atrasada nas respostas aos amigos?
Lá irei, minha amiga.
Um beijo
Amigo Zé,
E continuamos a resistir, a desmontar as armadilhas que a vida, e não só, nos armam.
Um abraço
Menina do Rio,
A vida é pouca mas mesmo assim há quem não tenha pejo em armadilhar os nossos caminhos.
Beijo grande
Caro Amaral,
Eu gosto muito do Ferreira Gullar, um grande autor que não me parece muito conhecido por cá.
Uma voz incómoda, da nossa língua.
Um abraço
Caro Zef,
Direi concerteza... é um autor que nos enriquece.
Um abraço
Caro Wanderley,
Seja bem-vindo a este espaço sem pretensões... espero vê-lo mais vezes por cá.
Retribuirei a visita muito em breve.
Um abraço
Mjf,
Tens razão... é a velha história de "gato escaldado..."
Beijo
Mariazita,
Ferreira Gullar é uma das figuras mais importantes da literatura brasileira e não só. E uma voz que se deve ouvir.
Quanto à minha falta de tempo, estava a brincar contigo, o facto é que quando alguém me falta, o trabalho não pode esperar - e olha que há quem não trabalhe nem deixe o lugar para que outros, que precisam, trabalhem... a "baixa" continua a ser uma instituição sem controle, Mariazita
Se me entendes...
Mas aqui estou outra vez, convosco.
Um beijo
Lisa,
Há que viver e sobreviver também a muitas armadilhas, minha amiga.
Um abraço amigo
Querida Maria Faia,
Não achas que estás a querer muito?
Nós lutamos até pela utopia, mas se formos capaz de ir quebrando algumas armadilhas, já não é mau.
Um abraço para ti
Querida Papoila,
Tenho também de ir ao campo...também estou em falta, mas lê a resposta que dei à Mariazita.
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...É isso mesmo, minha amiga... que a vida não pára.
Um beijo
Sonia,
E temos de transformar as nossas fragilidades em força, muita força, para sobrevivermos a tantas armadilhas.
Um beijo
Lídia,
São muitas as armadilhas, Lídia,
Ferreira Gullar sabe do que fala no seu poema.
Um abraço
Utopia das palavras
Ausenda,
Uns com tanto...outros sem nada"
Nunca isso foi tão verdade, como agora.
Um abraço
É tão difícil Meggy acreditar no tempo! E as armadilhadas palavras familiares.
Que nos cercam como a jaula.
Um poema feroz, como a vida.
Como tu "recalcitro" para mim o caminho que não escolhi. Sempre e sempre, com vontade de "montra" à prova de vidas-outras.
Bjinho
São tantas e tantas essas armadilhas...
Mas as maiores de todas são aquelas que nós criamos e que depois caímos nelas...
Essas, como também lhes chamaste de refúgio, que agarramos por nos abrigar e depois nãoo conseguimos sair...
Armadilhas!
Gostei muito!
Beijinhos
=)
Tantas armadilhas ,mas no fundo estamos presos uns a umas coisas outros a outras . è dificil mudar o mundo, Talvez um dianum mundo de sonho possamos todos dar as mãos e partilhar
beijos.
olá minha nova amiga Meg.
Obrigado por sua visita ao meu cantinho.
Espero que voltes sempre.
O mindo realamente é uma grande armadilha,mas se soubermos como sair dela, então seremos um vencedor.
Um belo poema.
Uma semana de muita paz, amor e luz.
beijinhos doces, minha amiga.
Regina Coeli.
Boa noite querida Meg!
Realmente há muitas armadilhas neste mundo.
Talvez a maior delas, seja o Amor...tantas vezes é ele mesmo a maior armadilha;
contudo, Gullar pode ter razão; podemos viver numa gaiola, mas existindo Imaginação e Sonho, a Vida, será sempre Livre e Bela...
Beijos
Maria Mamede
Gostei tanto deste poema que vou pesquisar para saber mais sobre Ferreira Gullar.
Querida Meg
Eu sei que a Maria Faia tem um prémio para ti e eu segui-lhe o exemplo e também te dou este prémio. É sobre a Amizade.
Acho que o mereces.
Beijinhos e volta quando puderes.
Querida Bettips,
Pois se o tempo só nos tem trazido, cada vez mais, palavras vâs!!!
E sempre armadilhadas.
Como acreditar, como não estar de pé atrás?
Estou contigo na montra.
Um beijo
Rabisco,
Bem-vindo a este espaço.
E há também essas armadilhas, é verdade... há até especialistas em armadilhar a vida dos outros, mas mais cedo ou mais tarde, cairá nelas... infalivelmente.
Um abraço
Alexa,
Mas temos de estar alerta, pois elas existem de facto e se estivermos atentos, mais possibilidade teremos de quebrar algumas das armadilhas.
Um beijo
Deusa Odoyá,
Não sei se sairemos vencedores, mas estamos cientes de que elas, as armadilhas, existem, e com elas nos confrontamos todos os dias.
Beijo grande
Maria Mamede,
Também tens razão... o amor é muitas vezes uma armadilha.
Mas enquanto não nos armadilharem os sonhos, vamos sobrevivendo, minha amiga.
Os sonhos não se aprisionam... por enquanto, Maria!
Um beijo,
Isabel,
Tenho a certeza de que vais gostar de conhecer Ferreira Gullar, um grande Poeta.
Quanto ao prémio que me atribuíste, agradeço-to do coração.
É com muito carinho que o recebo, pois, como dizes, é de amizade que se trata e acho isso muito importante...
Porque há na blogosfera quem não se reveja nisso... quem apenas use os blogs para se exibir e para deles fazer uma competição...
Essa não é "a minha praia", como sabes, Isabel.
Logo que tenha um bocadinho, e porque tenho lá mais "uns", irei publicá-lo.
Bem hajas, Amiga.
Um beijo grande
Lindo e verdadeiro, este blog é pao da alma!!!
"A estrela mente
o mar sofisma. De fato,
o homem está preso à vida e precisa viver
o homem tem fome
e precisa comer
o homem tem filhos
e precisa criá-los
Há muitas armadilhas no mundo e é preciso quebrá-las"
Ferreira Gullar
Nota: e o meu blog continua com a publicacao da antologia... lol
bjs
Maravilha este poema do Ferreira Gullar.
Adorei a caricatura.
Jinhos
Amigo Namibiano,
O Blogger tem destas coisas, o teu blog não é actualizado na minha lista e este post do Ferreira Gullar também não aparece na actualização dos blogs amigos... não sei porquê.
E os últimos blogs da lista, esses nem sequer aparecem na ordem.
Se alguém souber ajudar... agradeço, meu caro amigo.
Um abraço
Maria Clarinda,
Curioso... foste a única pessoa que se referiu à caricatura.
Eu também a achei muito boa... ele que deve ser dos poetas mais caricaturados.
Beijo
Bela caricatura. uma arte pra poucos.
desenho admirável
e qto ao poema , bom esse é um clássico que dispensa elogios.
Seu Blog foi de grande valia para que eu pudesse fazer minha redação sobre o poema de Ferreira Gullar.
Kátia PB
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