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MENSAGEM AOS AMIGOS.POR MOTIVOS PROFISSIONAIS ALIADOS À ÉPOCA ALTA DE TURISMO,
O MEU TEMPO DISPONÍVEL DIMINUIU SIGNIFICATIVAMENTE
ATÉ SETEMBRO
MENSAGEM AOS AMIGOS.POR MOTIVOS PROFISSIONAIS ALIADOS À ÉPOCA ALTA DE TURISMO,
O MEU TEMPO DISPONÍVEL DIMINUIU SIGNIFICATIVAMENTE
ATÉ SETEMBRO
.Por esse motivo as minhas visitas serão mais espaçadas, tentarei pelo menos uma vez por semana, para ler e comentar o que os meus amigos publicam.
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Prometo responder a todos os comentários que tiverem o carinho de deixar
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AQUI, EM CADA POST.um abraço da meg
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Imbondeiro, de Eleutério Sanches
PRIMEIRO AMOR. VIVI AÍ
Primeiro amor. Vivi aí.
Casa grande de janelas abertas
para o verde, chave do nosso coração.
Meninos do bom Deus com histórias diferentes
e o mesmo temor e segurança.
Tudo tinha muita cor
como as casas pintadas de fresco
e as ruas debaixo da sombra das árvores.
Dos jardins víamos os novos modelos dos carros
dos anos setenta.
Havia concertos para piano sem orquestra.
E, às vezes, mulheres, loiras muito loiras
cantavam músicas de nós desconhecidas.
Posávamos para os fotógrafos
moças virgens esperadas à saída das aulas
e ouvíamos "if you are going to San Francisco".
As fotografias dessa época estão em casa das tias
e os nossos olhos de terra ou de água ou de noite
não são o que eram: por isso, continuam os mesmos.
Ondulam as cortinas levemente
como a última brisa
para lá da sebe junto aos muros baixos
oiço o barulho das árvores
imensas e antigas
e lembra-me um andamento
das Fantasias de Schumann.
Primeiro amor.
Vivi aí.
(Do tempo suspenso)
Maria Alexandre Dáskalos
PRIMEIRO AMOR. VIVI AÍ
Primeiro amor. Vivi aí.
Casa grande de janelas abertas
para o verde, chave do nosso coração.
Meninos do bom Deus com histórias diferentes
e o mesmo temor e segurança.
Tudo tinha muita cor
como as casas pintadas de fresco
e as ruas debaixo da sombra das árvores.
Dos jardins víamos os novos modelos dos carros
dos anos setenta.
Havia concertos para piano sem orquestra.
E, às vezes, mulheres, loiras muito loiras
cantavam músicas de nós desconhecidas.
Posávamos para os fotógrafos
moças virgens esperadas à saída das aulas
e ouvíamos "if you are going to San Francisco".
As fotografias dessa época estão em casa das tias
e os nossos olhos de terra ou de água ou de noite
não são o que eram: por isso, continuam os mesmos.
Ondulam as cortinas levemente
como a última brisa
para lá da sebe junto aos muros baixos
oiço o barulho das árvores
imensas e antigas
e lembra-me um andamento
das Fantasias de Schumann.
Primeiro amor.
Vivi aí.
(Do tempo suspenso)
Maria Alexandre Dáskalos
Integrou a Comissão Nacional de Dinamização de Cooperativas, em Angola, em 1975-1976.
Fez parte da Direcção Nacional de Formação de Quadros no Ministério da Agricultura e foi funcionária do Departamento para o Desenvolvimento Industrial das Nações Unidas em Luanda (1982-1985). Foi directora da empresa de formação informática Datangol (1988-1991). De 1979 a 1981 frequentou o curso de História na Universidade Agostinho Neto, tendo-se aí iniciado nos estudos africanos, particularmente na história de Angola. Ainda em 1911 saiu a sua primeira obra como poetisa.
Em 2000 licenciou-se em História e em 2005 obteve o grau de mestre em História dos séculos XIX e XX, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Actualmente é doutoranda naquela instituição, onde também é investigadora, no Instituto de História Contemporânea.
Dedicando-se à História angolana colonial, colaborou em vários periódicos, nomeadamente nas revistas Angolê e Ler História.«««««««<>»»»»»»»
33 comentários:
Meg
Como sempre mais uma "revelação" e com muito nível. Belo poema.
Boa semana
Abraço
Cara Meg
Conheço o pintor mas não a poetisa. Aquele imbondeiro triste é casa de africanos, que não a descrita na poesia. Mas o imbondeiro é árvore sublime, que se agarra ao chão e vive sempre. Como África, esperamos!
Gostei de perceber o contraste (ou entendi mal?)entre a pintura que apela à essência de África e o poema nostálgico de uma meninice ou juventude dos anos 70 - mais urbana, certamente, tendo em conta as fotografias e a música ouvidas - embora referente ao passado colonial. É triste e pode parecer estranho que diga isto, mas para a maioria dos angolanos (pelo menos para os das cidades)o passado colonial é o único referencial de paz de que dispõem.
Um abraço
Caro Amigo,
São muitas as memórias que me fazem voltar a visitar e lembrar espaços que ambas frequentámos, o colégio de S.José de Clunny, neste caso.
Ao Eleutério devo-lhe um post, estou em fase de recolha de material.Crescemos juntos.
Uma boa semana e um abraço.
Querida MPS,
Este imbondeiro tem um certo simbolismo que não vou expôr aqui... ainda há muitas susceptibilidades, minha amiga.
É verdade, eu pertenço a essa maioria, ainda por cima de Luanda. para quem a paz é uma saudade.
O poema retrata isso mesmo. É de uma ex-aluna e colega do "meu" Colégio S.José de Clunny.
Talvez por isso me tenha voltado tão empenhadamente para as minhas memórias...
O Eleutério e a irmã, a Gioconda, só há pouco soube dela, somos gente da mesma fornada, das mesmas escolas e colégios.
Depois a guerra e fomos todos pulverizados. Andamos todos por aí.
E eu atrás deles...sempre que puder.
Minha amiga, obrigada pela visita agora que, felizarda, também posso dizer que estou cheia de trabalho.
Um grande abraço.
Querida Meg:
Pintura e poema que me trazem a recordação dessa terra abençoada de um tempo que eu vivi.
Beijo
Querida Meg. Lindo o poema e a pintura,que nos partilhas das lembranças de África,lindo.
Beijinho Lisa
Papoila,
é um tempo que custa a esquecer.
Nós sabemos o que era e como era.
Restam-nos as memórias... boas!
Um beijo
Lida,
São momentos muito bons a recordar, principalmente agora.
Um abraço
como sempre, post extraordinário, onde a palavra e a imagem se entrelaçam, formando e preservando a memória da vida, de um tempo, que deixa marcas, que apaga marcas, mas que por existir alguém como tu, jamais cairá no esquecimento. são essas memórias da vivência que nos amadurecem, nos forjam para seguir adiante, com a consciência plena da sua história e do que querem e necessitam transformar. repito, extraordinário post. meu abraço.
Fernando,
Muito obrigada por sua visita e suas palavras.
Já sabe por que não tenho visitado o seu blog, é temporário, mas é-me completamente impossível.
Um abraço
"If you are going to S. Francisco"
lembro-me tão bem desta canção cantada pelo Scott Mackenzie, e dos meus primeiro amores da altura...
A poeta que nos trazes, não conheço, mas tu aqui, fazes o favor de partilhares connosco esses poetas que desconheço.
Obrigada.
Beijos
Lindíssimo........
e Schumann ... gosto muito!
Carminda,
É bom recordar, sim. E os poetas e poetisas existem. Acontece que me virei para as minhas memórias, neste caso trata-se de uma antiga colega do Colégio de S, José de Clunny.
E o Eleutério e a sua irmâ Gioconda F. também fazem parte destas memória. É apenas um reencontro.
Um abraço
Quando temos algum tempo para parar e pensar, muitas vezes vêm à memória os tempos que aqui estão pintados com estas palavras. A vida continua, mas há memórias boas que o tempo não apaga.
Cumps
Meu amigo Guardião,
É que não são fantasias.
A realidade era aquela por muito que doa a muita gente, aqui, hoje, no séc.XXI.
Por isso, nunca é demais recordar
Um abraço
Frioleiras,
Ainda bem que gostou.
Obrigada pela visita.
Um abraço
Minha querida
espero que não andes muito cansada.
O quadro uma beleza, as cores quentes que só de olhar de imediato nos levam até África
o poema não conhecia, nem a autora e gostei muito
beijinho
Vim ler-te por aí abaixo. E sosseguei: a poesia habita e vive, livre.
Bjinho Meggy
Há dias em que não apetece
salvar o mundo
só ajudar
Minucha,
Não sabes o que significam para mim estas visitas dos amigos.
Cansada eu ando, sim mas é bom sinal neste país, com tanta gente "encostada".
África está em mim, e estas são
pessoas que cresceram comigo, amigos que nos perdemos e nos estamos a encontrar. Pelo menos estou a tentar trazê-los aqui.
Um abraço
Bettips,
Sigo-te de longe, recebo-te das viagens, mas vou passando e vou lendo. Tenho notícias para ti. Talvez nem sejam novidade... C.R.
regressou ou vai regressar, mas ainda não passei por lá.
Livre, sim, Bettips. Finalmente.
Beijinhos para ti
Mar Arável,
E ainda podemos ajudar?
Tenho as minhas dúvidas.
Um abraço
Não sou poeta, embora consegui ler e sentir o que dizem os poetas! É para outras pessoas, como eu, que também existem os poetas! Os poetas são uma espécie de costureiros que despem e vestem as palavras e lhe tiram todas as medidas. Por isso gosto das revelações da MEG! Assim...
Olha! Estou a falar demais!
Um abraço desrrimado
Meu querido Pata Negra
Nunca falas demais,o teu humor enche-me de alegria - é mesmo assim, já to disse.
preciso do teu mail, pode ser?
podes contactar-me para
mrgrd.gms@gmail.com
Um abraço
Me alegro saber que está tudo bem, e trabalho tambem será bom sinal pelos vistos está ligada ao turismo.
" Arvore entrelaçada como a vida acompanhada de um poema de uma certa nostalgia, gostei
Saudações amigas
Linda MEG
que trabalhes com muito prazer.
1 sorriso mto luminoso e qd puderes espero a tua visita.
Lana
Uma passagem apressada para desejar um bfds, e bom descanso se possível
Cumps
Olá!
Sei que andas cheia de trabalho...mas mesmo assim partilhas connosco palavras tão lindas...
Obrigada
Beijocas
Bom fi de semana
Olá!
Sei que andas cheia de trabalho...mas mesmo assim partilhas connosco palavras tão lindas...
Obrigada
Beijocas
Bom fi de semana
Amigo Valente,
Recuso-me a admitir mas é-me QUASE completamente comentá-los em Julho e Agosto.
Aqui, onde trabalho, há 30 anos que se pratica a flexibilização.
E Julho e Agosto são a prova disso.
Entre as 10 da manhã e a meia noite estamos sempre em stand-by.
Não há horário que resista.
Tento recompensá-los com os meus
posts, não facilitando.
Um abraço
Lana,
Tu és um caso especial... apareces e quando chego aí, já partiste.
Vens para ficar?
Já viste como está a minha vida... já lá fui mas não comentei.
Beijinhos dou-tos aqui, muitos e brilhantes, pode ser?
Um abraço
Amigo Guardião,
Isto é que é uma vida?
Algarve é OU TUDO ou NADA!
Conto com a vossa paciência, e também te desejo um bom fim de semana, coisa que por cá não se pratica.
Um abraço
MJF,
Tem de ser, minha amiga, e nem todos se podem gabar da mesma sorte.
Recebeste um mail?
Podes confirmar-me?
Entretanto aqui vos deixo hoje um novo post... das minhas memórias.
Com muita saudade.
Um abraço
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